segunda-feira, 28 de abril de 2008

Sala de informática boa é sala de informática aberta
Secretária de Estado da Educação de São Paulo admite que as salas não funcionam e anuncia medidas


José Alves
A grande maioria dos cinco milhões de alunos da rede estadual de São Paulo não tem acesso aos computadores da escola. O motivo: falta de manutenção. A informação é da própria secretária de Estado, Maria Helena Guimarães de Castro, para quem o principal desafio hoje, neste assunto, é garantir o funcionamento dos equipamentos que já existem, uma vez que 80% das escolas de São Paulo possuem sala de informática com computadores conectados à Internet em banda larga. Segundo Maria Helena, a Associação de Pais e Mestres (APM) de cada escola recebe uma verba para diversos gastos, entre eles, a manutenção dos computadores e da rede elétrica. O valor vai passar de R$ 5,40 por aluno para R$ 9,60, pagos em três parcelas ao ano. Mas as escolas não conseguem estabelecer contratos de manutenção principalmente as que estão na periferia, diz a secretária.
No vídeo acima, a secretária explica que a pasta abriu licitação para firmar um contrato terceirizado dos serviços de manutenção das máquinas, conectividade e disponibilização de uma pessoa que permaneça na sala de informática em tempo integral. A terceirização deve atingir 500 escolas de Ensino Médio na cidade de São Paulo e Grande São Paulo em caráter experimental – a rede pública tem mais de 6 mil escolas.
"Ao mesmo tempo, nós estamos testando este modelo com um outro em que nós transferimos um recurso específico para a escola fazer um contrato de manutenção. Mas as escolas estão tendo dificuldade. Muitas já tem contratos feitos por elas mesmas e que não tem funcionado. Estamos buscando alternativas: demos mais autonomia para a escola, com mais recursos para terem um contrato direto da APM com uma empresa e estamos em processo de licitação para a secretaria contratar uma empresa especializada para cuidar de 500 escolas simultaneamente."
Um estudo de parceria com a Secretaria de Gestão para a implementação nas escolas da infra-estrutura e manutenção realizada nos Telecentros também deve ser feito, além de possíveis alianças com o poder público municipal das cidades do interior paulista.As informações foram fornecidas pela secretária no evento de lançamento do Instituto para o Desenvolvimento e a Inovação Educativa –
Idie, em 5 de março. O instituto é fruto de um convênio entre a Fundação Telefônica e a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) e pretende atuar na assessoria, apoio técnico, capacitação e outras intervenções e projetos voltados à temática de novas tecnologias na Educação.

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